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O Malabarismo entre Mudanças e Continuidade


Adaptação e implementação de melhorias são iniciativas fundamentais no funcionamento das organizações. Esta missão de manter a organização em pleno funcionamento é de responsabilidade dos executivos. Para tornar isso possível, mudanças são necessárias. As empresas precisam, muitas vezes, mudar de direção, criar novos hábitos e se reinventar.


Este processo para alcançar o resultado desejado requer uma gestão com uma série de cuidados e providências. Afinal de contas, quando o tema é comportamento, qualquer alteração é difícil. Podem ocorrer resistências, mesmo em casos de oportunidades evidentes de melhorias, pois este processo envolve questões emocionais e inconscientes. No livro O poder do hábito, o autor Charles Duhigg apresenta como os hábitos funcionam e podem ser criados. O loop do hábito é o mecanismo fundamental de ser compreendido, pois envolve estímulo, hábito e recompensa. Estes fatores, quando alinhados produzem resultados surpreendentes. O mesmo ocorre na gestão de mudanças em organizações.


Na natureza dinâmica das empresas, os gerentes precisam achar tempo para se afastar da rotina e pensar estrategicamente. Contudo, em muitas empresas, momentos de reflexão são, muitas vezes, exceção. Para iniciar processos de mudanças, as organizações precisam criar e estimular isso. Com a apresentação e exposição de fatos e o debate de ideias, mudanças e oportunidades de melhorias ficam nítidas. Porém, alguns cuidados são importantes. Muitas empresas prestadoras de serviços, entre elas, agências de propaganda, empresas de consultoria e assessoria, trabalham, continuamente, promovendo mudanças. Muitas vezes, apenas uma estratégia comercial, sem compromisso com os resultados ao cliente.


Contudo, necessidade de mudanças não pode ser confundida com exagero. O excesso cria ambiente de angústia e confusão. O gerente deve administrar tanto mudanças quanto continuidade. Algumas iniciativas e projetos precisam de um período mais longo para apresentar os resultados desejados. Em ambos os cenários, o gerente deve ter domínio de indicadores envolvidos e contar com o máximo possível de colaboração de seus colegas a fim de minimizar decisões equivocadas de persistir ou de realizar ajustes em suas iniciativas.


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Texto de Henrique Girardi publicado no caderno GeraçãoE, do Jornal do Comércio(Porto Alegre/RS), dia 22/02/2017.

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