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Infelicidade no trabalho


Diversas pesquisas apontam o difícil cenário em que muitos profissionais se encontram. A infelicidade no trabalho é uma realidade, infelizmente, para muitos profissionais.


O trabalho é, para essas pessoas, um verdadeiro pesadelo. Acordar segunda-feira de manhã e ir ao trabalho é um horror. Em muitos casos, os profissionais se conformam com tal situação e passam a enfrentá-la com naturalidade. O salário, a estabilidade, entre outros fatores, asseguram seu ‘conforto’. Em alguns casos, esta realidade pode passar despercebida pelas empresas que não mensuram seus resultados e sua produtividade e que não têm ideia do quanto poderiam render e ser mais eficazes. Para o profissional, sua rotina é desanimadora e cansativa. Sua produtividade não corresponde com seu verdadeiro potencial. Em muitos casos, a dificuldade em reverter e transformar sua realidade é cada vez mais difícil e perturbadora. É como se estivesse em uma areia movediça. A tendência é afundar.


É fácil identificar os profissionais que passam por esse momento. Normalmente estão reclamando de sua empresa, de seus afazeres e de seus supervisores. A vida seria tão mais fácil se não precisasse ir trabalhar. Sexta-feira às 18h é o momento mais feliz dessas pessoas. É quando estão livres de suas responsabilidade e afazeres profissionais e podem correr para os braços de seus amigos e familiares. O final de semana é um momento único de alegria e de diversão. Em uma semana de vida, esses momentos correspondem apenas 32%. Você está vivendo apenas 32% de sua vida! Em sete dias, apenas o final de tarde de sexta-feira, o sábado e o domingo são interessantes – apenas 54 horas. No domingo a noite sua desmotivação é assustadora. Mais uma semana de trabalho está por vir. O sujeito gostaria de ficar em casa ou, quem sabe, ficar com seus amigos para dar risadas. Ir ao trabalho é doloroso e não traz alegria alguma. A pessoa pensa consigo mesmo: "não podemos pular direto para a próxima sexta-feira às 18h?".


O sujeito está sempre se queixando de suas demandas profissionais. Em situações parecidas com a descrição acima é recomendado à busca de auxílio de profissionais. Ninguém pode viver infeliz e aproveitar apenas 32% de sua vida. Em muitas vezes, tais sintomas são manifestações de depressão. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão já é a doença mais incapacitante do mundo. Tal matéria, evidentemente, é assunto para especialistas.


Seu impacto no mercado de trabalho é enorme. Esta é, infelizmente, a realidade de muitos profissionais. Nas empresas, o gerente, supervisor ou diretor, é exigente com a elevada produtividade de seus funcionários, mas não sabe que muitos de seus colaboradores gostariam de adquirir a máquina do tempo e que gostariam de pular direto para às 18h da gloriosa sexta-feira. Problema para o diretor e problema para o profissional. O segundo não vive em sua plenitude, enquanto o primeiro não conta com a plenitude de seu bem mais valioso.


As empresas precisam libertar todo o potencial de seus colaboradores ou devem chegar o mais perto disso. No ambiente de trabalho, cabe aos líderes de companhias a atenção e a dedicação para minimizar e evitar tais situações. A felicidade é componente básico para a produtividade. Ter uma equipe feliz é ter profissionais comprometidos e engajados nos desafios da organização.  O sonho de qualquer empresa.


O ambiente de trabalho e a cultura da organização são fatores decisivos para estimular a felicidade e conquistar alto desempenho de seus colaboradores. A filosofia empresarial – propósito, visão, missão, valores e princípios – precisa estar clara, deixar de ser um simples quadro pendurado na parede e ser praticada diariamente. Com a definição e a aplicação desses fatores, a companhia comunica, de forma clara, aos seus públicos qual é sua cultura e passa a ter seu DNA disseminado entre todos. Ao longo do tempo, a empresa passa a atrair os profissionais identificados com sua cultura.


No livro Feitas para Vencer, Jim Collins, apresenta dois questionamentos importantes para o desenvolvimento de empresas de sucesso:


1. O que elas amam fazer?

2. No que elas podem ser as melhores do mundo?


Defendo, diariamente, a aplicação de muitos conceitos empresariais para o desenvolvimento dos indivíduos. Essas questões de Jim Collins podem ser, facilmente, aplicadas pelos profissionais que convivem com a infelicidade e com a dura manhã de segunda-feira. Ao contrário de outros seres, os humanos são livres e dotados de inteligência para escolherem e buscarem sua felicidade plena. Trabalho não é castigo. Não fique preso em sua infelicidade. Não tenha medo de mudar e de buscar, diariamente, sua satisfação. Trabalhar é dedicar e investir seu tempo em atividades que gerem valor a sociedade e que traga sua própria satisfação. Faça do trabalho um de seus momentos mais felizes e seja um ser completo e pleno em sua felicidade.


Se o mundo, hipoteticamente, não girasse em torno de dinheiro e você não precisasse mais dele. Em qual atividade você dedicaria atenção e esforços em suas 40 horas semanais?

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